30 de julho de 2015

Inauguração da iluminação a gás em Lisboa








A 30 de julho de 1848, Lisboa foi pela primeira vez iluminada com candeeiros a gás. Os 26 aparelhos acesos no Chiado pertenciam à Companhia Lisbonense d’Iluminação a Gaz, criada dois anos antes, em agosto de 1846.

Por curiosidade, estreia hoje a nova versão de “O Pátio das Cantigas”, tarefa ingrata por haver ainda quem lembre, com agrado, os filmes da época de ouro do cinema português dado, quase um século mais tarde, Vasco Santana protagonizar a célebre cena em que, após ter encharcado mágoas no vinho, pede lume a um candeeiro de rua.

Sobre a modernidade e a iluminação pública, lembremos algumas linhas de um grande escritor português

«Depois, numa manhã de julho, tomou-se a Bastilha. Tudo se revolveu: e mil novidades violentas surgiram, alterando a configuração moral da Terra. Veio a Democracia: fez-se a iluminação a gás: assomou a instrução gratuita e obrigatória, instalaram-se as máquinas Marinoni que imprimem cem mil jornais por hora: vieram os Clubs, o Romantismo, a Política, a Liberdade e a Fototipia.»

Eça de Queirós, ‘Carta-prefácio dos Azulejos do Conde de Arnoso’

Fotografia: retirada de «Diário de Notícias», 7/9/2014
Eu também gosto de ficar sentada a ver o movimento da feira da Ladra, ora sobem, ora descem, carregados de objectos apetecíveis. Não há feira mais divertida do que esta e onde se encontra aquilo que nem imaginávamos que existisse.

29 de julho de 2015

Dias Que Voam

Parabéns a todos os que continuam a manter este espaço vivo. Faz hoje 12 anos, que num dia de tédio laboral,  inventei este blogue de desenho colectivo. Projecto por onde passou muita gente e que tem andado perfeitamente abafado pelas redes sociais. Com sorte, talvez sobreviva. Talvez.

27 de julho de 2015

Ontem na Feira da Ladra, não resisti a comprar este roteiro comercial de Lisboa de 1961, na banca do Sr. Luís.O comércio está alinhado pelas artérias da cidade. Descobri que na nossa rua existia um fanqueiro, mercearias finas, um estofador, uma colchoaria, uma marcenaria, um cabeleireiro,a leitaria que ainda existe, a papelaria que já fechou... O roteiro conserva algumas bonitas fichas de recenseamento destas lojas e gosto particularmente do estabelecimento de guarda chuvas e artefactos de arame. Quem quiser saber que lojas existiam na sua rua em 1961, é só perguntar.







12 de julho de 2015

Lisboa em 1946

A Revista Panorama, num dos seus números dedicado a Lisboa, mostra várias fotos de Roger Kahn, um cineasta polaco a colaborar com Novaes. Esta imagem é fantástica e data de 1946. O que aconteceu ao seu autor é que não sei, não encontro registos dele.
A legenda da imagem é Descarga de Peixe no Cais da Ribeira.

10 de julho de 2015

Lisboa

Outra capa da revista Panorama nº 28, 1946,  de autoria de Anne Marie Jauss
Desenho aguarelado/ Drawing de Anne Marie Jauss
para a capa da Panorama em 1946.
Obituário do New York Times:
Anne Marie Jauss, Author, 
Anne Marie Jauss, an author of books for children and an illustrator, died on Friday at a nursing home in Milford, N.J. She was 89 years old.
She died of natural causes, said a friend, Florence Stephens.
Ms. Jauss was born in Munich, Germany, and studied at the state art school in Berlin. She left Germany in 1942 and moved to Lisbon, making a living as a painter, an illustrator and a pottery-maker. In 1946, she moved to the United States and began a career as a writer of children's books.
Her best-known book is "Under a Green Roof" which was published in 1960 by J.B. Lippincott of Philadelphia and New York in 1960.



Lisboa

Capa da Revista Panorama. Eduardo Anahory, 1946



7 de julho de 2015

Os antepassados dos "manequins " da Rua dos Fanqueiros...
Revista Eva, 1930

5 de julho de 2015

Há dois locais em casa alheia onde espreito sempre. As estantes de livros e o frigorífico. Este aparece num anúncio de 1954, no Portugal Ilustrado.


Sempre savora.... Revista Eva, 1960