30 de abril de 2015

O sol no coração e a navalha na liga.

Estreava-se assim no Monumental a peça A Severa, a mulher que tem o sol no coração e a navalha na liga. A sua protagonista, Amália Rodrigues , era festejada com flores. Corria o ano de 1952. Século Ilustrado.

28 de abril de 2015

As ovelhas da Praça de Alvalade




Há cerca de um ano precisei de me deslocar à livraria da Faculdade de Letras. Encantada com o espólio de exemplares hoje desaparecidos das modernas superfícies comerciais, encontro uma preciosidade: um livro com imagens captadas pelo fotógrafo Luiz Carvalho, todas elas – de acordo com as datas que as acompanham – de finais dos anos 70, início da década de 80 do século passado. Tendo publicado a presente fotografia na “rede social da moda” (sempre com referência ao autor e à obra, como deve ser feito e por muito respeitar o trabalho de cada um), fiquei surpreendida com alguns comentários: “deve ser montagem”; “ não passavam rebanhos na Praça de Alvalade” […] opiniões essas rebatidas por quem afirmava ter presenciado cenários como o fotografado. No caso pessoal e também por esta época, posso referir que, nas traseiras do edifício central da Faculdade de Letras (pavilhões onde também havia aulas) via, com  frequência, rebanhos a passarem junto à janela da sala (pretexto para me desviar de matérias menos empolgantes…). Também recordo com nitidez, a saída na paragem de autocarro junto ao hipódromo do Campo Grande :  nos atalhos que tomava a caminho das aulas, lá me ia cruzando, de quando em vez, com um rebanho. No passado domingo, como teste, mostrei a fotografia à minha mãe que me respondeu: “lembro-me da Av. do Brasil e do Areeiro, quando era pequena, serem uma espécie de aldeias, com matagal e com apontamentos rurais de que hoje duvidaríamos”. Acredito na veracidade da imagem aqui divulgada, embora fosse interessante a opinião de quem tem memórias mais nítidas de cenários como o apresentado.


Imagem: do livro de © Luiz Carvalho ‘Portugueses’, Editora perspectivas & realidades (tiragem: 2000 exemplares)

26 de abril de 2015

Cavalheiro

Assim eram mostrados os anúncios amorosos publicados nos jornais, pelo Magazine Civilização em 1935.


25 de abril de 2015

Alameda dos meus amores

Alameda Dom Afonso Henriques
Era assim tão linda Lisboa, desenhada por Bernardo Marques em 1949.

25 de abril : "como a voz do mar"



Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta 
 

como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício
 

Como a voz do mar
Interior de um povo
[…]”
Sophia de Mello Breyner Andresen, “Revolução” 



 













…E  passaram 41 anos. Para quem viveu o momento em idade de guardar memórias, a euforia de correntes que se quebram.
Uma guerra inexplicável  a terminar, inebriados por tudo podermos dizer,  as portas de Caxias, abertas de par em par,  a aprendizagem do quotidiano então renovado, vivências que, em termos históricos, não se encontram distantes.
Tanto haveria para dizer, pensando que, ao longo de quatro décadas, nem sempre os dias  de um povo são coloridos com as tonalidades que nos tornam mais autênticos e de bem com a vida.
Procurando imagens menos divulgadas, duas fotografias captadas na Praça dos Restauradores.

Imagens: 1- casacomum; 2- centro de documentação da Universidade de Coimbra


Esta é uma das peças duma reportagem sobre o Nordeste, publicada em 1968 no Século Ilustrado. Roby Amorim conta-nos a história da emigrante no Canadá que regressou a Fonte de Aldeia. " Novos hábitos, novas maneiras de vestir, mas a mãe apesar do dinheiro que vem de fora, mantém-se fiel às tradições". Eduardo Gageiro fotografa.
Maravilhosos jornalistas que por palavras e por imagens, apesar da censura vigente, resistiam e mostravam o país real.

24 de abril de 2015

25 de Abril

























(...)
Que o poema seja microfone e fale 
uma noite destas de repente às três e tal 
para que a lua estoire e o sono estale 
e a gente acorde finalmente em Portugal.
(...)
Manuel Alegre
Chico Buarque e a Banda da Carris em 1967
"O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela"

Século Ilustrado.Fotografia de Eduardo Gageiro


23 de abril de 2015

à la minute

A propósito das fotografias de um fotógrafo ambulante em Lisboa, da Ana Luisa Cunha Alvim e do Armindo Ribeiro, lembrei-me desta fotografia de 1967. Retratavam elas o quotidiano de um fotógrafo à la minute nos anos 60 e foram publicadas no Século Ilustrado. Dizia a legenda: "A refeição do La Minute" é na rua de toda a gente. Sempre pode passar quem deseje uma fotografia".

22 de abril de 2015

Leni

Assim era publicado pelo Século Ilustrado de 1939, o anúncio ao filme de Leni Riefenstahl em exibição no São Luiz.

19 de abril de 2015

Ainda estou a sorrir da  perfeita paginação da Crónica Feminina. Numa página o final feliz de mais uma fotonovela. Noutra a Margarina Chefe. Evidências das revistas femininas dos anos 60.

18 de abril de 2015

Estes conselhos da Magda dão cabo de mim. Gosto sobretudo dos dois escudos para responder na volta do correio...Mas analisando bem, se calhar os conteúdos não diferem muito dos actuais consultórios ditos femininos.


Mariano Gago

Um ser e um estar maior que nós todos!








E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.










Milú

E cito: "A gentil Milú na sua vespa"
Selecções Femininas, 1954

Tecidos

Tecidos Oliveira nas Selecções Femininas em 1954.

4 de abril de 2015

Citações, pedantismo ou fraqueza? Assim perguntava um muito jovem Vasco Pulido Valente, para a revista Almanaque em 1960. Com 19 anos, já valia a pena lê-lo..

3 de abril de 2015

2 de abril de 2015

a espera

Assim esperava a esposa ideal o regresso do marido a casa.
 Crónica Masculina em 1956.

Árvores e Picaretas e Crónica Masculina

Quase todos conhecemos o fenómeno editorial que foi a Crónica Feminina,criada por Mário Aguiar, da Agência Portuguesa de Revistas. O que muitos desconhecem é a existência da Crónica Masculina, criada em 1956 e que durou apenas 20 números. Pena, pois era bem engraçada. Aqui vos reproduzo uma capa e contracapa e um pequeno artigo sobre a construção do Metro no Marquês e Bártolo Valença.