27 de setembro de 2012

J.K.Rowling: The Casual Vacancy

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O primeiro romance de J.K.Rowling destinado a adultos, foi hoje posto à venda e pensa-se que será um best-seller mundial. Já conta com um milhão de exemplares vendidos antes do lançamento, embora não tenha provocado a corrida às livrarias britânicas, à semelhança do sucedido com Harry Potter. The Casual Vacancy, título da obra, foi hoje posto à venda na Grã-Bretanha, rodeado de algum secretismo. "Harry Potter ocupou, a título pessoal, um lugar importante no que diz respeito à experiência do crescimento" - comentou uma das primeiras compradoras do novo título numa livraria londrina. "Poderá não ter grande elegância de estilo, mas trata-se de uma grande contadora de histórias" - acrescentou a entrevistada de 29 anos. O ponto de partida deste texto de ficção que se desenrola em Pagford, aldeia imaginária do sudoeste de Inglaterra, é a morte de um membro da autarquia local. A partir daí, os habitantes encetam diligências para encontrarem um substituto que defenda a sua causa comum – livrar a aldeia de uma gestão menos adequada. J.K.Rowling pensou, de início, no título Responsáveis pois, tal como informa em entrevista ao New Yorker, “trata-se de um livro sobre responsabilidade, acerca da nossa própria responsabilidade, em sentido lato, para com os estratos sociais desfavorecidos”. Surgem, portanto, no presente livro, temas afastados do universo dos jovens feiticeiros, já que aborda temas como a toxicodependência, a prostituição, as famílias monoparentais e a sexualidade adolescente. O romance já recebeu críticas iniciais, a equipararem a sua  mensagem social a uma fórmula «Charles Dickens». O Daily Telegraph descreve-o como um livro “por vezes divertido, muitas vezes a refletir uma observação lúcida, plena de crueldade e de desespero”. “Terminei com a saga de Potter, a não ser que me surja uma ideia extraordinária” – informa a autora. De acordo com o Sunday Times, com uma fortuna associada a 560 milhões de livros (703 milhões de euros), esta mãe de três filhos é detentora de um império, se pensarmos que Harry Potter deu ainda lugar a 8 filmes de sucesso, a brinquedos e a videojogos. Em relação ao presente título, a escritora afirma ter sido influenciada pelo início da década de 90, quando escreveu o primeiro Harry Potter, viveu em diversos apartamentos alugados, sofria de depressão e educava sozinha a única filha que então tinha . De momento, encontra-se a escrever dois romances para a juventude.

(Fonte: L'Internaute Magazine)

5 comentários:

T disse...

Muito interessante esta escritora. Gostei muito de a ver no "Who do you think you are" redescobrindo a sua árvore genealógica cheia de mulheres fortes (como ela).
Ler aqui mais: http://www.telegraph.co.uk/culture/tvandradio/8707037/Who-Do-You-Think-You-Are-JK-Rowling-Harry-Potter-and-the-riddle-of-the-invisible-author-review.html
Ou ver aqui: http://www.youtube.com/watch?v=b6399QxJiPM

teresa disse...

Interessantíssimo, o vídeo do youtube, ainda vou a 1/3, impressiona a descoberta das raizes familiares no rasto do bisavô:)
A curiosidade em ler sobre o último livro surgiu por se tratar de um romance destinado, pela primeira vez, a um público de outra faixa etária e o facto de me terem dito que, num link português (que não encontro, pois quem mo referiu fez confusão com o sítio) se ter divulgado que a tal aldeia inglesa de ficção era, afinal, a cidade do Porto, onde a escritora viveu momentos mais difíceis, tendo ficado sozinha com a filha mais velha.

Luísa disse...

Eu li os livros todos da saga e gostei. Foi um bom momento de entretenimento, se bem que houve traduções que deixaram a desejar (p. e.: três tradutoras para um só livro, onde se notava a mudança de estilo de cada pessoa :s)!!

A mim dá uma certa curiosidade ler este livro só para saber se ela sabe "entreter" adultos da mesma forma que fez com miúdos... Mas a minha lista não pára de crescer e ultimamente tenho andado com tão pouco tempo para ler... :s

teresa disse...

Eu só li um livro da saga Harry Potter (embora por cá haja vários, até um na língua original, já nem sei porquè) e vi alguns dos filmes, isto a pedido dos elementos mais novos da família:)

Quanto às traduções, é certo que muitas vezes deixam a desejar, não tinha reparado no detalhe de diversos tradutores para um único livro... Em relação a prioridades de leitura e livros amontoados, nem me atrevo a comentar. Tenho curiosidade, sim, pois trata-se de alguém que ficou famoso e que, até à data, não tinha escrito para um público adulto... mas vou disciplinar-me e utilizar o cartão de leitora da biblioteca, uma boa estratégia para não roubar cada vez mais 'espaço vital', gosto de casas com pouca coisa a encher, mas tenho dificuldade em pôr isso em prática:)

Luísa disse...

Eu comprei o primeiro e o último. O primeiro foi porque toda a gente falava do Harry Potter e eu tinha curiosidade. Os outros foram aparecendo nas minhas mãos e "já que estavam ali"... Quanto ao último... andei uns anos a tentar conseguir por empréstimo (como não tenho filhos nem sobrinhos, literatura infanto-juvenil não é prioridade de compra), mas como não conseguia e queria acabar a história (odeio ficar com histórias por acabar), acabei por o comprar.

A tradução a seis mãos notou-se imenso num dos livros. O exemplo mais claro foi com o Hagrid que falava calão numa parte (o que até tem lógica, na onda do original) e tinha uma linguagem normal noutra.

Quanto aos livros comprados vs de biblioteca... Por aqui é difícil alugar por causa da língua. Mas também porque eu sou daquelas que está a ler um livro e se mete a fazer notas nas margens, coisa impossível em livros emprestados (:s) A minha mãe é que se desespera... passa a vida a perguntar-me onde é que eu enfio as coisas no meu quarto minúsculo. Confesso... nem eu sei responder!! :D