23 de maio de 2007

O problema do fascínio pelas alturas

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Apreciei sobremaneira a história do jardim de S. Pedro de Alcântara, que se chamava inicialmente Alameda ou Horta do Corpo de Policias, devido à proximidade da Guarda Real de Policia, instalada no Palácio Ludovice em 1830. Arborizaram, fizeram uns labirintos, prantaram a estátua do Eduardo Coelho com o ardina.
O gradeamento de ferro do jardim, veio do palácio da Inquisição no Rossio.Estava boa, foi aproveitada e substituiu o parapeito de alvenaria existente. Espero que não seja a mesma ainda.
Mas o resto do gradeamento tem uma história mais macabra e interessante. Os suicidas tinham um particular gosto por se mandarem muralha abaixo naquele local e os habitantes de S. José não adoravam a ideia. Zás, vem aí corpo, afastem-se.
Continuava este vaivém, entre os protestos da população contra a imprevidência camarária (coisa do costume): entre as polémicas do que diziam que a grade tirava a

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amplitude da visrta panorâmica, outros que defendiam o encerramento da Alameda. Acabam por vedar ao público a entrada do jardim de baixo mas posteriormente a colocação duma grade nova soluciona a situação. Em 1864 estava o assunto tratado, tendo-se gasto 1626$700 reís.Deixou de existir sentinela para evitar suicídios. Deixaram de existir suicídios. Transferiram-se.
Corpos na nossa freguesia, não!
Post completamente inspirado no maravilhoso livro de Matos Sequeira que ando a ler. Imagens do Arquivo Municipal.

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