24 de maio de 2007

O fascínio pelas alturas- parte segunda

Tinha que acabar por falar nele. Nunca me canso de o ver, ali no alto, a cavalgar as nuvens à distância. Inspira respeito e dá-nos solidez, não fora um resistente ao sismo de 1755.

O Aqueduto das Águas Livres tem um comprimento de cerca de dezanove quilómetros, desde a casa da Água, no Rato, até ao Olival do Santíssimo em Caneças.
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"Reinando D. João V o Maior dos Reis, o bem Publico de Portugal, foram introduzidas na cidade por aquedutos solidissimos que ham-de durar eternamente e que formam um giro de nove mil passos, águas saluberrimas, fazendo-se esta obra com toleravel despeza publica, e sincero aplauso de todos. Anno de 1748 da Era de Christo"
Em tempos existiu livre passagem pela galeria superior dos Arcos e os saloios de Belas e de Queluz utilizavam-na com frequência para vir para a cidade, como refere Matos Sequeira.
Mas começou a praga dos suicídios: em 1839 já tinham chegado a 76. Uns atribuíam estes actos a Diogo Alves, mas tal não passou de crença popular. Nada constava desses crimes nos processos judiciais.
Soluções?Claro, grades. Opção muito cara Afinal tratavam-se de 19 km... Sentinela? Só se fosse um batalhão. Soluções inviáveis.
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A resolução é optar pelo fecho das passagens com cancelas. A população do Calhariz e de Benfica revolta-se. A interdição vai e vem, mas a freguesia de São Sebastião da Pedreira também não quer corpos na área: definitavamente as galerias são encerradas em 1852.

Suicidem-se noutro lado qualquer se faz favor.

1 comentário:

francisco disse...

Boas,
finalmente encontrei a gravura que procurava faz muito tempo, é possível obter uma imagem desta gravura do Aqueduto das Águas Livres com melhor resulução?por favor! se sim e não for problema, enviar para o meu email x.motaa@gmail.com...se for preciso pago!Obrigado,
cumprimentos