26 de maio de 2006

os stocks de comprimidos devem estar esgotados


não sei o que se passa, mas anda tudo muito nervoso.
as pessoas discutem por tudo, por nada ou ainda por razão nenhuma.

hoje, tive que separar duas senhoras que costumo ver comprar o pão no café onde leio o jornal de manhã.
estou a falar de duas senhoras.
uma com ar e idade de ser minha mãe.
outra com ar de ser filha dela.

a mais nova pediu pão.
depois do pão recebido, abriu o saco, apalpou o dito... e pediu para trocar que estava mal passado.
a mais velha, que também tinha comprado pão ao ver a cena, desata a dizer que aquilo não se fazia, que era uma porcaria.
de porcaria passa a porca, de porca passa a se fosses mais nova levavas um murro no focinho.
nem uma se calava nem a outra parava de ameaçar.
a mais velha tremia que parecia estar em cima dum vibrador
a mais nova, ufana da sua força e valentia de 30 anos mais nova, brandia o punho cerrado a ameaçava a mais velha que não se calava de a chamar porca.
-és uma porca !
-vai-te lavar!
e lá estavam entredidas e eu a tentar conter uma juntamente com o empregado do café que às tantas me diz...- levante desse lado para a levar daqui.
e bute, lá foi a senhora, pézinhos no ar até à cadeira mais próxima.

a coisa ainda continuou mais uns tempos antes que cada uma fosse á sua vida.


o café voltou à sua calma habitual e eu disse até amanhã.

o mais estranho nisto é que já devo ter visto dezenas de vezes as senhores e era capaz de jurar serem do mais calmo e educado possível.

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