25 de maio de 2006

Ainda o dezasseis....

Hoje vim cedissimo para o trabalho. Nem levei livro de tanto sono que tinha. Tinha que aturar uma ranchada de professores.
Para variar vim a cuscar pessoas. Tinha à minha frente, uma gigantesca loira com fita de veludo preto a prender o cabelo e um longo pescoço de bailarina. Vinha a murmurar qualquer coisa. Eram verbos em português, coitada da moça, eu disse-lhe, tu disseste-lhe....e o púnhamos. Tinha qualquer coisa escrevinhada palavras mágicas, bem que estiquei o meu pescoço para ver, mas como infelizmente sou mais ganso que cisne, não consegui decifrar.
Fiquei a pensar nisso: o que significam palavras mágicas no contexto da declinação de verbos?
Entretanto uma brasileira chegou e alvoraçou o autocarro: tshirt justa e arrepanhada, ornamentada com profusos refegos, mangas abertas com tiras de brilhantes, fato bege e sapatos incrivelmente altos de crocodilo (ou cobra, sei lá). Abrilhantava o conjunto um cachecol aos quadrados de lã...Queria saír na Miguel Bombarda, lá o fez. Perguntou a sete pessoas diferentes a paragem adequada. Eu contei.
Começo a conhecer toda a gente. Qualquer dia cumprimento. Estas eram cromos novos. Vou fotografar, aparar e colar na caderneta. E vou trocar os repetidos.

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