31 de dezembro de 2005

Prodígios e vertigens da analogia

Um pássaro voa sobre as montanhas. O seu piar solitário ecoa nos vales. Algures esse pio é escutado e respondido.

Os dois pássaros não se conhecem. Ignoram as cores da plumagem um do outro, desconhecem texturas, ultrapassam pormenores. Têm em comum o piar que faz a diferença. No mergulho vertiginoso abrem portas a si e aos outros. Não precisam de reconhecimento.

Mesmo assim, Zumbido: obrigado.

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