30 de dezembro de 2005

Ano Novo, recheado com todos os anos passados já.

Estava a pensar naquilo que a Rute escreveu, sobre o estarmos vivos e a celebração anual de o estarmos. Festejamos na data do aniversário, no Natal, no Ano Novo... Tudo são ocasiões para afirmar com prazer que estamos cá e felizes, obrigada pela atenção ò senhores e senhoras que mandam lá no céu ou em qualquer outra parte. (eu cá acredito, que todas as crenças são válidas).

Estamos e cada vez mais pesados, como diria o Herberto Hélder. As memórias cada vez mais estão presentes, os pedacinhos de tudo aquilo que vivemos, as vozes e afectos de pessoas que amámos e já não estão connosco. Esse sentir tão plenamente que todas essas histórias e gentes vivem unicamente através de nós, faz-nos um pouco frágeis, por vezes uma lágrima furtiva, um nó na garganta. A falta do abraço, do beijo e do sorriso da nossa mãe, do nosso pai ou de outros amados nossos. Toda a celebração implica a descoberta de uma sensibilidade muito particular. A nossa. Os nossos sentires.



Temos a magnífica responsabilidade de sermos felizes, por todas estas memórias únicas e nossas.


Este ano para mim foi de uma série de aprendizagens: o conseguir contornar "coisas más" , nomeadamente no ponto de vista profissional, e ter começado a conhecer a minha pequenina e enérgica Mariazinha Tubaroa. E 2005 foi um ano muito amável e carinhoso comigo. Fez-me descobrir excelentes amigos.Fez-me sentir feliz.

O que desejo em termos de 2006, continua a ser alegria e saúde para todos nós. (além das santas quecas,pois claro).

Que continuemos a construir este nosso imaginário repartido, a gostar-nos, a celebrar-nos.

Aos desaparecidos Gasel e Cereja, um especial abraço. Ai os algarvios!
E agora, foi o que me apeteceu escrever.

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