18 de janeiro de 2005

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Os americanos são imperialistas. Tecnicamente (imperialismo "clássico") talvez não sejam porque não colocam em cada país um cidadão americano como governante e não passam a incluir nas fronteiras nacionais as fronteiras do território conquistado. Mas colocam alguém da confiança deles e que eles escolheram e impuseram à força. É como se no século XVI o Reino de Portugal, dos Algarves e dos Eteceteras escolhesse um indiano para vice-rei da Índia em vez de um português.

A pior coisa da natureza humana não é a ignorância. Esta é a quarta. A pior é a maldade, a segunda é a estupidez, a terceira é o desprezo pelo conhecimento (num sentido amplo) e a quarta é a ignorância.

Não gostei que o Mário Soares fizesse campanha eleitoral no programa Prós e Contras. Foi uma das raras vezes, foi a primeira vez no tempo recente e que eu me lembre, que num debate televisivo os representantes da direita (se consideramos que o PSD é de direita...) eram em maior número do que os da esquerda.

A "desculpabilização por alargamento da responsabilidade" é das coisas que mais me incomodam. Odeio mesmo. Hoje, a Odete Santos no SIC 10 Horas com a Fátima Lopes a dizer que fumar é uma doença social! Fumar, se for doença, é doença individual: dos indivíduos que livremente decidem fumar e dos indivíduos que contra a sua vontade fumam o fumo dos outros! Ao se falar em "doença social" até parece que os fumadores não são responsáveis pelos cigarros que fumam! Até parece que os não fumadores é que ainda vão ter de se responsabilizar pela saúde dos fumadores (bem, isto de facto e em certa medida já acontece).

Voltando ao imperialismo americano, não percebo porque é que a Europa esquerdista era tão favorável ao Bill Clinton. Ele manteve exactamente o imperialismo americano como vinha desde finais da Segunda Guerra Mundial: as intervenções militares, as ingerências na vida política de Estados soberanos por meio da CIA, os bombardeamentos sobre o Iraque a torto e a direito, a repugnante intervenção na Sérvia, o apoio seleccionado a terroristas, etc., etc.. Porque será que se critica agora mais o imperialismo americano do que no tempo de Clinton? Será porque o Bush é de direita?

O imperialismo de que falo é político com consequências económicas. O imperalismo cultural é outra história que daria um post. Por agora, digo apenas que esse imperialismo não existe.

Também já tinha dito que o Saddam era "menos ditador" do que uma série de ditadores daquela zona. E o país era mais moderno (mulheres nas universidades e com empregos, Estado laico, etc.). Se fosse um ditador extremamente mau, essa seria uma razão adicional para não fazer a guerra que se fez contra o Iraque: para remover um líder ditador não é necessário destruir a quase totaliade da economia de um país.

O lápis do IKEA é mesmo pequenino coitadinho!

Era bom que Espanha devolvesse Olivença. Era bom que Portugal oferecesse Barrancos a quem quisesse. Era bom que Portugal vendesse a Madeira ao Estado composto por regiões "autonómicas" que era a Espanha. Era bom que Portugal tivesse um Aznar que foi um dos melhores primeiros-ministros que a Europa teve nos últimos 25 anos.

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