8 de novembro de 2003

Há sol, neste sábado

Sábado, dia de trabalho!
Não muito, como estão a ver... desde há uma hora que ando por aqui, ao sabor de links e clicks. Lá fora está um sol claro, quase de Primavera, o vento é de levante e o tempo aqueceu. Está um dia extraordinário, em que nos apetece fazer alguma coisa diferente, que marque esse dia e o separe de todos os outros.
Como não faço essa coisa, vou divagar...

O post de Mim acerca do toque, e o comentário da T sobre a bondade das mulheres, lembrou-me um episódio. Há dias, estava eu em marcha-atrás num parque de estacionamento aqui perto, quando ouço aquele barulho que não engana ninguém: traaack! Na altura o que me veio, de imediato, à cabeça foi: falta aqui qualquer coisa, falta o pi-pi dos sensores... Saí do carro e lembrei-me que este não tinha os tais pi-pis, ora que porra! Olhei e vi um Clio, bastante mal estacionado, já de traseira bem amachucada por coisas antigas, na qual os meus danos se resumiam a um rachadela no farolim do pisca traseiro. Após os habituais "Que chatice... de quem é?" , lá me disseram onde estaria o dono. Fui ao escritório em frente e o dono, afinal, era uma dona. Ao ver os estragos mostrou-se muito, mesmo muito, condoída. Lá lhe tive que dar o número de telefone, outros dados e a minha total disponibilidade a pagar o farolim. Quando já tinha saido dali, pensei: É mesmo de gaja... carro mal estacionado, já todo partido, e chateia-me para lhe pagar a merda do farolim!

Numa corrida rápida pelo Arame, deparei com um post de que gostei bastante: Bye bye love, bye bye hapiness. Trouxe-me à tona uma questão que me costuma atormentar, o que será mais importante, amar ou ser amado? Isto partindo do princípio que ambas, e ao mesmo tempo, serão difíceis de acontecer. Logo acima uma observação que aplaudo: apesar de tudo, Marvão é melhor que Óbidos.

Passado um bocadinho, e por intermédio do Homem-a-dias, fui dar com um artigo da Ana Sá Lopes (que se não me engano é a minha heroina do Melhor do Mundo). Não resisto a transcrever um pouco:
"...Pinto da Costa continuará a saga de procurar submeter o poder político ao seu poder pessoal enquanto não se multiplicarem comportamentos políticos como os de Rui Rio e os de Mota Amaral. Com a afronta feita ao presidente da Câmara do Porto e ao presidente do Parlamento, o Presidente da República e o primeiro-ministro deviam ter uma palavra a dizer. Infelizmente, o mais provável é que, com mais ou menos desabafos privados, acabem sentados no camarote do "mullah" do Norte a dar vivas ao Porto e a quem o apoiar."
Acho que "mullah" lhe assenta muito bem, bem melhor que "Papa".

No seguimento da viagem, aterrei no Jaquinzinhos, que parece que é algarvio (azar!). Admira-se e faz notar a, "notável", posição da Quercus "contra" o TGV, por induzir mais tráfego paralelo e, consequentemente, mais poluição. Notável de facto... o que é preciso é "criar" uma tese, "arranjar" dados que a suportem e "sacar" um bom título de jornal!

Por último, o Barnabé, insurge-se contra a falta de insensibilidade social dos que pensam que a luta dos estudantes é demagógica e desajustada.
A mim o que me desagrada-me é esta pseudo-consciência social. Afinal haverá algo a pagar, não? Alguma propina deverá ser paga, não? É só uma questão de saber qual o valor justo, não? Senão caimos na demagogia de protestar, por exemplo, contra os custos da net: que seja de borla, para os filhos dos pobres poderem blogar!
Só me admira é que estes mesmos estudantes, que tanto se indignam com 800 Euros/ano, se puderem vão logo a correr para uma qualquer pós-graduação no estrangeiro. E aí pagam contentes, arranjam bolsas, o que for... deve ser para se passar para "o outro lado".

Chega... chamam-me algures.
Ouvi dizer que o Cunhal escreveu um artigo. Incrivel! Só ele e o Papa...

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