18 de novembro de 2003

Coração Vermelho (6) - Ódios de estimação

O meu primeiro ódio é o clube em si, como já disse!
Lembro-me que o FêQuêPê era, lá pelos anos sessenta e setenta, um clube simpático. Não ganhavam títulos, não tinham boas equipas (ou se tinham, tudo corria mal...) e levavam grandes abadas no estádio da Luz, de encher o olho. Ninguém, mas mesmo ninguém, era do Porto...
Como eles reconhecem, mal passvam a ponte D. Luís para sul, começavam logo a tremer. Que era psicológico, diziam. Eu acho que o que era, é que se borravam todos. Ouvi contar que era demais, a camioneta parava de 10 em 10 kilómetros e, mesmo assim, o cheiro começava a pesar. A partir de Coimbra, na Nacional 1, tinham que ter escolta policial para afastar os condutores incáutos. Quando chegavam a Lisboa o cheiro era pestilento, saíam tontos e verdes da camineta e depois, no jogo, era dar obra neles!
Mas os tempos passaram e veio o PdaC, o Pedroto, o orgulho portista, a mística e a cagança. Ganharam campeonatos, taças e agora são os melhores (eu não disse isto...).
Mas eu quero lá saber, detesto, odeio aquilo tudo! O equipamento amaricado, o sotaque dos jogadores e o azeite dos adeptos. O Baia de patarras, o Jorge Costa abrutalhado, o Deco achinesado e o Derlei amacacado.
O nome Antas soa-me a palavrão e FêQuêPê sai-me "foda-se, que porra!" E como não tinham um animal, inventaram esta do dragão. Dragão os tomates, isso não existe!

PP: desculpem o palavreado, mas eu saio de mim... fico o outro eu.

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