30 de setembro de 2003

O que eu sou – Um motard teso(3)

Às vezes perguntam-me “mas o que é que agora te deu para seres um motoqueiro?”
Até agora ainda não sabia bem. Em miúdo não tinha tido uma paixão por aí além pelas motas, logo, cá bem no fundo, pensava que podia ser mesmo só maluquice minha... e dava respostas que me saiam meio ocas. “Gosto da sensação de velocidade, do inclinado das curvas, do assobio do vento nos ouvidos”, “Gosto da sensação de liberdade, de pegar na mota, dar uma volta sem rumo definido, parar onde me apetecer...” mas isso sabia-me a pouco, não havia de ser só isso!
Também podia dizer que gostava da facilidade de andar na cidade, passar rápido, fintar o trânsito, estacionar logo ali... mas até que Faro não é mau para o trânsito, pelo que esta razão também era meio oca. Podia ainda ser o gostar de concentrações, o ir ao encontro da natureza, blá, blá... mas já não tenho idade, nem corpo, para concentrações, de modo que passeatas só com pensão marcada.
Agora descobri... e já sei o que vou responder quando me perguntarem “mas o que é que agora te deu para seres um motoqueiro?”. Porque me dá tesão!
E é verdade, andar de mota dá-me tesão... não sei o que é, se é do quentinho da mota, do ronronar do motor, dos pequenos sustos que se vão apanhando... ou apenas da posição que favorece uma boa massagem prostática, mas que me dá, dá!
Acho que deve ser melhor que qualquer Viagra. Dá-se uma boa volta de mota antes do jantar e à noite fazem-se maravilhas... E digo mais, embora ainda não tenha a certeza: com as mulheres também funciona! Mais tarde vos darei notícias...

Nota: e aproveito para também responder quando me fizerem a tal pergunta “Motoqueira é a prima... eu sou um MOOOOOTARD!”

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