8 de setembro de 2003

O que eu sou (1) – num dia claro de Verão

Andei triste uns tempos, muitos tempos até, porque pensei que só me faltava ser avô. Em quase quarenta anos de vida já me parecia ter feito e ter tido tudo, um curso, uma profissão, um amor, um casamento, uma mulher, os filhos, até um cão. No aspecto material carros qb, viagens também e, depois de várias casas, agora uma vivendona de “sonho” (daquelas bem hipotecadas que no fundo só são nossas aos setenta anos, quando os pés já estão inclinados para a cova).
Um dia a minha irmã teve um filho e pensei, de repente, "só me falta ser avô"! Ora isto dá uma perspectiva de fim de vida... fiquei triste durante anos, deprimi, até tomei comprimidos cor de rosa. É claro que não foi só por isto, mas há-de ter dado uma boa ajuda: é triste pensarmos assim, sentirmo-nos assim, que já fizemos tudo, especialmente antes dos quarenta anos.

De repente também, num destes dias claros de Verão, já lá vão dois ou três anos, descobri que ainda podia ser tudo o que quisesses, que podia gritar “liberdade”. E assim comecei a ser e a fazer montes de coisas novas: escritor amador, motard, marinheiro (ainda de água doce), golfista; fiz uma tatuagem (uma águia), dei duas cambalhotas arriscadas e andei em “psicoterapia”; e agora bloggar...
Vamos lá viver a vida a sério!

PP: Que merda de jogo... perder 3-0 e logo com os "espanholes"! Ainda lá há muitos do fêquêpê é o que é...

PPP: Estamos a ficar com uma tendência esquisita para queda de pontes e viadutos... andarão a aldrabar no cimento?

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